O Melanoma maligno é um tipo de cancro da pele que tem origem nas células do sistema de pigmentação da pele, isto é, nas células (melanocitos) que produzem o bronzeado após a exposição ao sol. Em casos raros o cancro pode ter origem nestas células nos olhos, nas vias respiratórias, no intestino, no cérebro e em mucosas.
O Melanoma é um tipo de cancro dos mais graves e as hipóteses de sobrevivência dependem, sobretudo, de um diagnóstico e tratamento adequado e precoce.
As pessoas que estão expostas a grandes quantidades de radiação solar podem desenvolver cancro tão precocemente quanto os 20/30 anos sendo, no entanto, a maioria dos doentes mais velhos.
Como surge?
Este tipo de tumor, metastiza (espalha-se a outras partes do corpo) rapidamente.
Se o tumor crescer para a profundidade e penetrar nos vasos sanguíneos e/ou linfáticos pode provocar a morte em alguns meses ou poucos anos. A evolução varia muito de pessoa para pessoa e parece estar dependente da profundidade que o crescimento do tumor atingiu e das defesas do sistema imunitário e ainda outros factores.
Quais as causas?
Estima-se que 80% dos cancros da pele sejam origina dos pela exposição solar intensa.
A doença é geralmente desencadeada por lesões na pele causadas pelo sol, principalmente quando ocorreram queimaduras solares (escaldão).
Pode ser hereditário, podendo também ser desencadeado por exposição aos raios solares.
Os solários podem também ser causa de cancro da pele e foto-envelhecimento prematuro cutâneo.
Tipos de cancro
Existem muitos tipos de cancro da pele, dividindo-se em dois grandes grupos:
- Melanoma (melanoma maligno);
- Não-Melanoma (que inclui, carcinoma baso celular ou basalioma, e carcinoma espinocelular).
Sintomas e diagnostico
No melanoma:
- O tumor é geralmente assimétrico, com bordos irregulares, de cor não uniforme e diâmetro superior a 0,6 milímetros:
- A cor dos tumores pode variar desde o castanho ou preto, ao azul ou laranja;
- A zona em redor do sinal pode apresentar feridas, crostas ou vermelhidão;
- O tumor pode assemelhar-se a uma “bolha de sangue” sob uma unha;
- O sinal pode dar comichão ou dor;
- A localização preferencial para o aparecimento do melanoma nos homens é o tronco, a cabeça e o pescoço, e nas mulheres os braços e as pernas.
Sinais de alarme:
-Um sinal pré-existente que muda de cor, tamanho ou forma, ou que começa a sangrar.
-Aparecimento de feridas, que curam muito lentamente;
- Um sinal que se torne anormalmente grande;
- “Bolhas de sangue” que apareçam sob as unhas e que não tenham resultado de uma agressão;
- O aparecimento de um sinal novo, principalmente após os quarenta anos, que apresente uma forma irregular ou uma cor anormal;
- O aparecimento de comichão ou ardor num sinal existente.
Como se diagnostica?
O diagnóstico é feito pela observação por médicos especializados e confirmado por biópsia (retirar um fragmento da lesão e analisá-lo ao microscópio), que geralmente é realizada por um dermatologista.
É também importante, para planear o tratamento, procurar sinais que possam indicar se o cancro se estendeu a tecidos vizinhos ou aos gânglios linfáticos.
Factores de Risco
Sabemos que o cancro de pele não é contagioso, ou seja, não pode “apanhá-” de outra pessoa. As investigações têm revelado que as pessoas com determinados factores de risco estão mais predispostas que outras a desenvolver cancro de pele. Um factor de risco é algo que pode aumentar a probabilidade de alguém vir a desenvolver uma doença.
Radiação ultravioleta (UV):
A radiação UV vem do sol, lâmpadas ultravioleta, solários horizontais ou verticais. O risco de desenvolver cancro de pele está relacionado com a exposição a radiação UV durante a vida. A maioria dos cancros de pele aparece após os 50 anos, embora o sol comece a danificar a pele em idades mais jovens e possam surgir cancros de pele em idades jovens.
A radiação UV afecta-nos a todos. As pessoas de pele clara que fica facilmente sardenta ou queimada apresentam um risco acrescido. Em geral, estas pessoas também têm cabelo ruivo ou louro e olhos claros. No entanto, as pessoas com tons de pele mais escuros também podem vir a sofrer de cancro de pele.
As pessoas que vivem em zonas com alto teor de radiação UV apresentam risco acrescido de vir a sofrer de cancro de pele. As populações que vivem nas montanhas também estão expostas a níveis mais elevados de radiação UV.
A radiação UV está presente mesmo em dias frios ou com nevoeiro.
Cicatrizes ou queimaduras:
Na pele
Doenças que tornam a pele sensível ao sol:
Como xeroderma pigmentoso, albinismo e síndrome nevo basocelular
Antecedentes familiares de cancro de pele:
Se pensa que pode estar em risco de ter cancro de pele, deve falar com o seu médico, que lhe poderá sugerir formas de reduzir o risco e elaborar um calendário para a realização de consultas de vigilância.
Formas de tratamento
O tratamento do melanoma é cirúrgico. O melanoma tem que ser totalmente removido e com margens de segurança confirmada pelo exame histológico da peça operatória.
Se o tumor não tiver metastizado e se se proceder à sua remoção cirúrgica, a cura aproxima-se dos 100% nos melanomas “finos”. É preciso no entanto salientar, que estas pessoas necessitam de controlos periódicos pois correm o risco de desenvolver outros melanomas.
Nos melanomas que já tenham metastizado, além da cirurgia, podemos ainda recorrer à quimioterapia (uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas) e à radioterapia (uso de radiações em doses elevadas e de alta energia para destruir as células cancerígenas), embora os resultados nestes casos tenham baixo índice de cura, e também a tratamentos que visam estimular a imunidade do portador como o interferão, vacinas.
Prevenção
Para prevenir o melanoma deve:
- conhecer bem o seu tipo de pele. Têm maior risco as pessoas de pele clara com muitas sardas e sinais, cabelos claros ou ruivos que não se bronzeiam ou bronzeiam mal e pessoas que já tiveram melanomas ou têm familiares com melanoma, constituem grupo de risco. Estas pessoas devem ser vistas pelo dermatologista uma vez por ano;
- Evitar excesso de exposição ao sol, especialmente entre as 11-16h;
- Utilizar sempre protector solar adequado ao seu tipo de pele e que proteja dos raios nocivos, mesmo depois de já se estar bronzeado;
- Usar vestuário, chapéu e óculos de sol, principalmente entre as 11-16h;
- Evitar que crianças e adolescentes com menos de 16 anos tenham queimaduras solares/escaldões, pois estes aumentam o risco de desenvolver cancro da pele em idades mais avançadas.
Deve consultar um especialista:
- Sempre que uma ferida na pele não cicatrize, aumente de tamanho ou mude de forma;
- Sempre que um sinal preexistente mude de cor, tamanho ou forma, ou que comece a sangrar. Aparecimento de feridas que curam lentamente;
- Um sinal que se torne anormalmente grande;
- “Bolhas de sangue” que apareçam sob as unhas e que não tenham resultado de uma agressão;
- O aparecimento de um sinal novo, principalmente após os quarenta anos, que apresente uma forma irregular ou uma cor anormal;
- Um sinal que dê sintomas – comichão, picadas, etc.