Existem diversos factores que contribuem para uma maior probabilidade de de desenvolver cancro ao longo da vida. Os principais encontram-se descritos em baixo:
Envelhecimento: Apesar de o cancro poder surgir em pessoas de todas as idades, incluindo crianças, a incidência de cancro apresenta um maior risco para as pessoas com mais de 65 anos.
Historial familiar: Algumas alterações genéticas, que aumentam o risco de cancro, passam de pais para filhos. Vários casos do mesmo tipo de tumor, numa família, podem estar ligados a alterações genéticas herdadas, que podem aumentar a probabilidade de desenvolver cancro.
Tabaco: Este é um dos factores de risco que mais pode ser evitado. Deixar de fumar é importante para qualquer fumador, mesmo aqueles que fumaram durante muitos anos. O risco de ter cancro em pessoas que deixaram de fumar é menor do que o risco para as pessoas que continuam a fumar. Para pessoas que já tiveram cancro, deixar de fumar pode reduzir a probabilidade de virem a desenvolver outro cancro.
Álcool: Beber mais de duas bebidas alcoólicas por dia, durante muitos anos, pode aumentar o risco de vir a desenvolver cancro. O risco aumenta com a quantidade de álcool que uma pessoa consome. Na maioria dos casos, o risco torna-se mais elevado se a pessoa também fumar.
Exposição ao sol: A radiação UV, que provém do sol, lâmpadas solares e câmaras de bronzeamento, provoca envelhecimento precoce da pele que pode originar cancro de pele.
Radiação ionizante: A radiação pode causar danos na pele, o que poderá levar à formação de tumores. Estas radiações provêm dos raios que entram na nossa atmosfera, poeiras radioactivas, gás radão, raios-X, entre outros. O risco de cancro, a partir da realização de raios-X é extremamente pequeno. No caso da radioterapia, o risco é ligeiramente maior, mas tanto num caso, como noutro, o benefício é superior ao pequenos risco.
Químicos e outras substâncias: Pessoas com determinados empregos, como é o caso de trabalhadores da construção civil e da indústria química, apresentam um risco aumentado para desenvolver um tumor. A exposição ao amianto, benzeno, cádmio e níquel podem causar cancro.
Vírus e bactérias: Estar infectado com certos tipos de vírus e bactérias pode aumentar o risco de vir a desenvolver alguns tumores, como é o caso dos que se seguem:
- Vírus do Papiloma humano (HPV ): a infecção por HPV é a principal causa de cancro do colo do útero.
- Vírus da hepatite B e C: o cancro do fígado pode desenvolver-se, muitos anos depois da infecção com hepatite B ou hepatite C.
- Vírus dos linfomas T humanos: a infecção aumenta o risco de desenvolver linfoma e leucemia.
- Vírus da imunodeficiência humana (HIV): o HIV é o vírus que provoca a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida). As pessoas que estão infectadas com o HIV , têm maior risco de desenvolver cancro.
- Vírus de Epstein-Barr (EBV): a infecção com EBV tem sido associada a um risco aumentado de linfoma.
- Vírus do Herpes Humano 8 (HHV8): este vírus é factor de risco para o Sarcoma de Kaposi .
- Helicobacter pylori: esta bactéria pode causar úlceras no estômago; pode, ainda, causar cancro do estômago e linfoma, no revestimento do estômago.
Hormonas: A terapêutica hormonal, na menopausa, pode causar efeitos secundários graves, não só a nível cancerígeno, mas também a nível cardiovascular.
Dieta pobre, falta de exercício físico e excesso de peso: Estes factores contribuem para um maior risco de vir a desenvolver cancro. Uma dieta saudável inclui muitos alimentos ricos em fibra, vitaminas e minerais: inclui pão e cereais integrais e 5 a 9 doses de fruta e vegetais, todos os dias. Uma dieta saudável significa, também, limitar os alimentos ricos em gordura, como manteiga, leite gordo, fritos e carne vermelha (vaca, porco). A actividade física moderada, como andar pelo menos durante 30 minutos todos os dias, também leva à prática de um estilo de vida saudável.