Cancro da mama

O cancro da mama não é uma única doença mas várias.
Pode ser detectado numa fase pré-cancerosa, como cancro que ainda não se espalhou ou depois de se ter espalhado a outros órgãos.
Pode ainda crescer muito depressa, muito devagar ou a qualquer velocidade intermédia.

Os caroços da mama são comuns em mulheres de todas as idades, mas especialmente em mulheres jovens, eles não são geralmente malignos. Embora seja raro, também os homens podem ter cancro da mama.

As mamas são compostas, na sua maior parte, de gordura e tecido mamário, e também por nervos, veias, artérias e tecido conjuntivo que ajuda a manter tudo no lugar. O principal músculo da mama situa-se atrás dela e à frente das costelas e da caixa toráxica. A mama está dividida em 20 lóbulos. Os lóbulos produzem leite, e os ductos, que são tubos finos, transportam o leite dos lóbulos para as aberturas do mamilo, durante a amamentação.



Tipos de cancro

Existem vários tipos de cancro da mama mas os dois principais são, não invasivos ou in situ e os invasivos.

Cancros Invasivos, são cancros que começaram a espelhar-se ao tecido circundante.

Carcinoma ductal é invasivo e o tipo mais comum dos cancros da mama. Começa nos ductos lactiféricos da mama, mas ao contrário do carcinoma ducta in situ desenvolveu a capacidade de espalhar por outras partes do corpo. As células cancerosas podem fazê-lo ao invadir os vasos linfáticos ou sanguíneos da mama e sendo, depois, transportadas, através deles para outra parte do corpo onde formam outros tumores. Terem a capacidade para se espalharem não quer dizer necessariamente que o tenham feito.

Carcinoma lobular é o cancro invasivo que começa nos lóbulos onde se produz o leite. Nem sempre apresenta um caroço definido e, por isso, é difícil diagnosticar, o que significa que pode estar maior do que os outros tipo de cancro da mama quando é diagnosticado. Também é mais comum ser diagnosticado em ambos os seios ao mesmo tempo.

Carcinoma inflamatório da mama é um tipo raro de cancro da mama avançado. Acontece quando as células cancerosas bloqueiam os canais linfáticos da mama e estes inflamam. O cancro inflamatório da mama pode ser confundido com uma inflamação ou uma reacção alérgica da mama porque os sintomas podem aparecer subitamente e são muito semelhantes o que dificulta o diagnostico.

Doença de Paget é um cancro invasivo raro que começa nos ductos lactiferos do mamilo. Uma das formas da doença está associada a um cancro invasivo da mama e a outra compromete apenas o mamilo.

Cancros não invasivo, são cancros confinados aos ductos ou lóbulos que não se espalharam para além da camada de tecido onde se desenvolveram.

Carcinoma ductal in situ é não invasivo e está a tornar-se mais comum porque as mamografias o identificam numa fase precoce. Este cancro surge quando há células nos ductos lactiferos da mama que começaram a crescer e a dividir-se anomalamente e se transformaram células cancerosas. Mas ainda não romperam os canais nem desenvolveram a capacidade de se espalhar para o resto do seio ou do corpo. Se for removido nesta fase tem uma probabilidade muito alta de curar e não haver reincidências.

Carcinoma lobular in situs significa que há células anormais no revestimento da glândula mamária. Neta fase ainda não é considerado cancro da mama, mas que há um risco maior de contrai-lo futuramente, em qualquer dos seios. É mais comum em mulheres pré-menopausicas e deve ser seguido cuidadosamente.

Sintomas e diagnostico

O cancro, assim como outras doenças, frequentemente, apresenta sintomas que devem ser observados. Por essa razão, pode-se dizer que, de certa forma, o diagnóstico começa com a observação de qualquer alteração no funcionamento geral do organismo.

O cancro da mama pode apresentar diversos sintomas:
- Aparecimento de nódulo ou endurecimento da mama ou debaixo do braço.
- Mudança no tamanho ou no formato da mama.
- Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da auréola.
- Secreção contínua por um dos ductos.
- Retracção da pele da mama ou do mamilo.
- Inchaço significativo ou retracção da pele.

O cancro da mama, quando no início, pode ser tratado antes que se espalhe, quando as hipóteses de cura são maiores, os tratamentos menos agressivos e não mutilantes.

É fundamental que o diagnóstico do cancro da mama seja feito o mais precocemente possível, pois isto aumenta as hipóteses de cura, evita que o cancro se espalhe para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação.

Para um diagnóstico precoce do cancro da mama, é necessário que todas as mulheres:
- Façam um auto-exame das mamas mensalmente, após o período menstrual
- Vão ao médico especialista em patologia mamária uma vez por ano
- Sejam integradas em programas de rastreio

Factores de Risco

Sabemos que embates violentos na mama não provocam, por si só, cancro da mama; no entanto, é conveniente ter cuidado com as mamas. O cancro da mama não é contagioso: ninguém "apanha" a doença de outra pessoa. A investigação tem demonstrado que há mulheres que apresentam um risco aumentado para cancro da mama, que se pensa estar associado a determinados factores de risco (factores que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver uma doença).

Idade:
A possibilidade de ter cancro da mama aumenta com o aumento da idade; uma mulher com mais de 60 anos apresenta maior risco. O cancro da mama é menos comum antes da menopausa.

História familiar:
O risco de uma mulher ter cancro da mama está aumentado se houver história familiar de cancro da mama, ou seja, se a sua mãe, tia ou irmã tiveram cancro da mama, especialmente em idades mais jovens (antes dos 40 anos); ter outros familiares com cancro da mama, do lado materno ou paterno da família pode, também, aumentar o risco.

Terapêutica hormonal de substituição:
Mulheres que tomam terapêutica hormonal para a menopausa (apenas com estrogénios ou estrogénios e progesterona), durante 5 ou mais anos após a menopausa parecem, também, apresentar maior possibilidade de desenvolver cancro da mama.

Obesidade após a menopausa:
As mulheres que são obesas, após a menopausa, apresentam um risco aumentado de desenvolver cancro da mama. A obesidade está relacionada com uma proporção anormalmente elevada de gordura corporal; tendo em conta que o corpo produz alguns estrogénios (hormona feminina) no tecido gordo é, assim, mais provável que as mulheres obesas apresentem níveis elevados de estrogénios e, consequentemente, risco aumentado para cancro da mama. Alguns estudos demonstram que o aumento de peso, após a menopausa, aumenta o risco de cancro da mama.

Inactividade física:
Mulheres que são fisicamente inactivas, durante a sua vida, parecem ter um risco aumentado para cancro da mama; estar fisicamente activa pode ajudar a diminuir este risco, através da prevenção do aumento de peso e da obesidade.

Muitos dos factores de risco citados podem ser evitados; outros, como a história familiar, não podem ser evitados. É, no entanto, útil saber e estar consciente dos factores de risco, ainda que muitas mulheres com estes factores de risco não apresentem cancro da mama. A maioria das mulheres que desenvolvem cancro da mama não tem história de cancro da mama na sua família; A importância do período de recuperação O período de recuperação das doentes em tratamento é muito importante e varia de acordo com as características individuais, a extensão da doença e o tratamento recebido. A prática de exercícios físicos após a cirurgia ajuda a restabelecer os movimentos e a recuperar a força no braço e no ombro. Auxilia, também, na diminuição da dor e da rigidez nas costas e no pescoço. Os exercícios são cuidadosamente programados e devem ser iniciados logo que o médico permita, o que costuma ocorrer um ou dois dias após a operação. Inicialmente, os exercícios são suaves e podem ser feitos na cama. Gradativamente, passam a ser mais activos e devem ser incorporados na rotina diária. Após a mastectomia, o uso do soutien com prótese é aconselhável. A cirurgia plástica de reconstrução pode ser realizada imediata ou posteriormente.