Cancro da próstata


Localização da próstata



O cancro da próstata é um dos cancros mais falados na sociedade, devido à sua grande incidência quando comparado com outros carcinomas. A sua incidência varia muito de acordo com região do mundo (menos comum na Ásia e mais comum na Europa) e etnia (mais comum em negros e menos comum em asiáticos).


Em Portugal, é o cancro mais comum nos homens e o segundo mais mortal, no geral. Segundo a APU ( Associação Portuguesa de Urologia) morrem cerca de 1800 portugueses por ano com esta doença.


 


A Próstata


A próstata é um órgão do sistema reprodutor masculino, com cerca de 3 centrímetros e por volta de 20 gramas, que se situa abaixo da bexiga e à frente do recto. Através dela, passa parte da uretra, e é também responsável pela produção de líquido seminal. É por isso um órgão que afecta a capacidade urinária, ejaculatória, e, por vezes, defecatória.


A próstata também produz uma hormona masculina, a dehidrotestosterona.


 


Sintomas da Doença



Em estágios retardados, a doença é assintomática, sendo apenas detectável através da realização do teste de PSA (Prostate-specific antigen). O PSA é uma proteína produzida na prostata, e a sua concentração no sangue permite auferir a condição da prostata.


Em estágios mais avançados, o cancro da próstata apresenta sintomas semelhantes à hiperplasia benigna da próstata (HBP): diminuição do jacto urinário, urinar frequentemente, dificuldade ou disfunção eréctil, ejaculação dolorosa.


 


Detecção/Diagnóstico


O cancro da próstata pode ser detectado prematuramente em exames ao sangue, devido a valores anormais de PSA.


Quando a doença está mais avançada, verifica-se um aumento do volume do órgão e os sintomas referidos anteriormente. Quando existem estes sintomas, e após palpação rectal, faz-se uma biopsia para o despiste da existência de células cancerosas.


 



Tratamento



O tratamento do cancro da próstata pode ser feito com recurso a vários meios:


 


* Cirurgia – o tumor é retirado cirurgicamente, podendo ter que ser necessária uma remoção parcial ou total da próstata.


* Radioterapia


* Hormonoterapia – por se tratar de uma glândula hormonal, o uso de medicamentos que inibem a produção das hormonas produzidas na próstata (supressores androgénicos) tendem a diminuir a taxa de crescimento da neoplasia.


 


Estas metodologias de combate à doença são geralmente aplicadas em conjunto, para obter melhores resultados, tanto a curto como a longo prazo.


 


Sobrevivência



Esta doença apresenta uma grande taxa de sobrevivência: após prostactomia, 97% aos cinco anos, e 85% aos dez anos