Leucemia


Células leucémicas



A leucemia é um tipo de cancro que afecta o sangue, mas que tem origem na medula óssea, local onde são produzidas as células do sangue. A medula óssea produz glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. A leucemia consiste numa maturação deficiente das células que iriam dar origem às células funcionais. O resultado é a produção de células anormais e ineficazes contra infecções.


Se a doença não for tratada, a medula óssea poderá produzir uma quantidade de células cancerígenas que dificulta o bom funcionamento do sangue.


A leucemia é o tipo de neoplasia maligna mais comum nas crianças (27% de todos os casos), e é mais incidente em jovens com menos de 20 anos e adultos com mais de 50 anos.


Podemos distinguir quatro tipos de leucemia: 


* Leucemia linfóide: É o tipo mais comum nas crianças, e caracteriza-se pela produção de glóbulos brancos (ou linfócitos) imaturos, ou linfoblastos;


* Leucemia mielóide: Consiste na acumulação de células cancerígenas na medula, afectando a produção de células saudáveis.


Podem-se ainda distinguir as leucemias agudas (rápido crescimento e sintomas muito fortes) e as leucemias crónicas (mais comum nos adultos com mais de 50 anos, são geralmente assintomáticas até um estado evoluído da doença). As leucemias agudas praticamnete não se manifestam nas crianças.


 


Sintomas da Doença


Os sintomas da leucemia são secundários à doença, uma vez que estes só se verificam em órgãos que possam ter um funcionamento incorrecto como consequência da doença. Os sintomas mais verificados são:


Síndrome anémica: Aparecem pela redução da produção dos eritrócitos pela medula óssea.


- Sonolência;
- Cansaço;
- Irritabilidade e fraqueza;
- Pouca fome, consequentemente, emagrecimento;
- Palpitações;
- Dores de cabeça;
- Tonturas;
- Desmaios;
- Palidez.


 Síndrome trompocitopénica (hemorragias): Causada pela falta de plaquetas.

- Hematomas surgem sem trauma algum;
- Hematomas que aparecem e reaparecem, sucessivamente, após pequeno trauma;
- Petéquias (pequenas pintinhas vermelhas de sangue que aparecem na pele);
- Petéquias dentro da boca;
- Epistaxe (sangramento do nariz);
- Sangramento gengival;
- Menstruação excessiva;
- Sangue nas fezes;


Síndrome leucopénica (mais neutropénica): Aparecem pela diminuição de leucócitos normais, principalmente os neutrófilos, que actuam na defesa do organismo contra infecções.


- Infecções frequentes;
- Língua dorida;
- Aftas;
- Febre;
- Algumas vezes, suor excessivo durante a noite e gânglios linfáticos inchados;
- Esplenomegalia e/ou Hepatomegalia (sensação de barriga cheia).


Ocasionalmente, também pode ocorrer infiltração das células leucémias nos órgãos, tecidos e ossos causando:


 - Dor nos ossos;
- Dor no esterno;
- Dor nas articulações;
- Problemas nos órgãos.
 


Detecção/Diagnóstico 


O diagnóstico da leucemia pode ser feito de diferentes formas:


- Exame físico;
- Exame sanguíneo;
- Biópsia;
- Punção lombar;



Tratamento


 O método de tratamento mais utilizado é a quimioterapia, que pode ser aplicada em conjunto com imunoterapia. Um tratamento também muito comum é transplante de células estaminais, podendo ser do próprio paciente ou de um dador.



Sobrevivência


A taxa de sobrevivência a esta doença quadruplicou nos últimos 50 anos, atingindo agora os 51.2% após cinco anos (segundo dados do SEER), mas varia para diferntes tipos de leucemia, etnia e idade dos doentes.


 


Leucemia linfótica aguda: 66.1% no total; 91.2 % para crianças com menos de cinco anos


Leucemia linfóide crónica: 76.2 %


Leucemia mielódie aguda: 21.3 % no total; 55.2 % para crainaças com menos de quinze anos


Leucemia mielóide crónica: 46.7%