Cancro do pulmão



O cancro do pulmão é dos tipos de cancro mais frequentes e é a causa de morte mais frequente dos fumadores, tanto em homens, como em mulheres.





Os pulmões


Os pulmões são os principais órgãos do sistema respiratório, responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São dois órgãos de forma piramidal, de consistência esponjosa. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos, enquanto que o direito possui três. Os pulmões são revestidos externamente por uma membrana chamada pleura.


 


Causas


O hábito de fumar cigarros é a causa principal em 90% dos casos de cancro do pulmão. Quanto mais cigarros se fumam, maior é o risco de se contrair o cancro do pulmão. Uma proporção reduzida de cancros do pulmão (entre 10% e 15% nos homens e 5% nas mulheres) é consequência das substâncias nocivas presentes no local de trabalho.


Por vezes, algumas formas de cancro do pulmão, especialmente o adenocarcinoma e o carcinoma de células alveolares, verificam-se em pessoas cujos pulmões têm cicatrizes produzidas por outras doenças pulmonares, como a tuberculose e a fibrose.


 


Características


Mais de 90 % dos cancros do pulmão começam nos brônquios. Este cancro, em particular, denomina-se carcinoma brônquico. Os tipos deste cancro são o carcinoma epidermóide, o carcinoma de células pequenas (células em forma de grão de aveia), o carcinoma de células grandes e o adenocarcinoma. O carcinoma de células alveolares origina-se nos sacos de ar do pulmão (alvéolos) e, apesar deste tipo de cancro poder ser um tumor único, desenvolve-se com frequência em mais que uma zona do pulmão.


Os tumores do pulmão menos frequentes são o adenoma brônquico (que pode ser ou não canceroso), o hamartoma condromatoso (não canceroso) e o sarcoma (canceroso).


Propagam-se aos pulmões muitas formas de cancro que têm origem em qualquer parte do organismo. O cancro estende-se aos pulmões muito frequentemente a partir da mama, do cólon, da próstata, do rim, da tiróide, do estômago, do colo do útero, dos testículos, dos ossos e da pele.  


 


Sintomas


Os sintomas do cancro do pulmão dependem do tipo de cancro, da sua localização e do seu modo de propagação, mas normalmente resumem-se em:



* Tosse que não desaparece e que piora com o passar do tempo.


* Dor constante no peito.


* Tosse acompanhada de sangue.


* Falta de ar, asma ou rouquidão.


* Problemas recorrentes, com pneumonia ou bronquite.


* Inchaço do pescoço e rosto.


* Perda de apetite ou de peso.


* Fadiga.

Na maioria das vezes, estes sintomas não estão relacionados com cancro, e podem ainda ser provocados por tumores benignos ou outros problemas.


 


Diagnóstico


O médico investiga a possibilidade da existência de cancro no pulmão quando um doente, especialmente um fumador, tem ataques de tosse persistentes ou quando apresenta algum sintoma de perturbação pulmonar.


Por vezes, uma mancha numa radiografia do tórax de alguém que não aparenta sintomas pode ser o primeiro indício do processo, acabando por ser esta a forma de detecção mais frequente. Dado que uma radiografia mostra apenas uma sombra no pulmão, não fornece nenhuma prova segura de cancro. Por essa razão, é necessário um exame ao microscópio de uma amostra de tecido. Uma amostra da expectoração também poderá ser suficiente para o diagnóstico (citologia da expectoração). Também se pode praticar uma broncoscopia para obter uma amostra de tecido.


Se o cancro for demasiado profundo para ser alcançado por um broncoscópio, o médico pode obter uma amostra mediante a inserção de uma agulha através da pele enquanto efectua uma TAC como guia; este procedimento denomina-se biopsia com agulha. A amostra é obtida através de um procedimento cirúrgico denominado toracotomia. O exame pela TAC pode mostrar as pequenas manchas que não aparecem nas radiografias do tórax. A TAC pode também revelar um possível crescimento dos gânglios linfáticos. No entanto, recorre-se frequentemente a uma biopsia para determinar se esse aumento de volume provém de uma inflamação ou de um cancro.


 


Tratamento


O tratamento do cancro do pulmão depende de vários factores, como o tipo de cancro, tamanho, extensão e localização do tumor e o estado de saúde da pessoa em questão. Os prinicipais tratamentos existentes são os seguintes:



Cirurgia: Esta é uma operação que removerá o tumor. Quando é removida apenas uma pequena parte do pulmão, a cirurgia designa-se ressecção segmentar ou em cunha. Quando o cirurgião remove um lobo inteiro, a operação designar-se-á lobectomia. Quando é removido um pulmão inteiro, a operação tem o nome de pneumectomia.


Quimioterapia: Utilização de fármacos anti-cancerígenos para matar células tumorais no organismo.


Radioterapia: Terapia por radiação, que envolve níveis elevados de energia para matar células cancerígenas. A radioterapia é direccionada para uma área limitada e afecta as células cancerígenas apenas na área onde incidiu.


Terapêutica fotodinâmica: É um tipo de terapia por laser que envolve o uso de um químico especial, que é injectado na corrente sanguínea e absorvido pelas células, em todo o organismo, permanecendo nas células cancerígenas durante mais tempo.