Detecção e diagnóstico

Detecção


O cancro pode ser detectado de diversas maneiras, variando com o local onde se possam encontrar os carcinomas e com o seu tipo ou natureza.


 


Pode ser muitas vezes difícil de detectar, devido à grande possibilidade da doença se revelar assintomática, e também por se desenvolver muitas vezes em áreas do corpo de difícil observação. Pode acontecer que, quando se revelam sintomas desta doença, esta já se tenha desenvolvido e propgado pelo corpo. Apesar disso, o cancro não é uma doença de difícil detecção ou diagnóstico.


 


A detecção é muitas vezes ocasional, manifestando-se como uma anomalia em exames sanguíneos de rotina, através de auto-palpação (como acontece na esmagadora maioria dos casos de cancro da mama), ou por detecção visual em exames radiológicos.


 


A detecção intencional surge sob a forma de rastreios, exames que visam uma detecção precoce da doença ou de factores predisponentes a esta, que devem ser realizados periodicamente, com particular incidência sobre grupos de risco. Os rastreios permitem uma detecção precoce da doença, e, consequentemente, um tratamento mais eficaz.


 



Os rastreios mais conhecidos são:



Mamografia: Recomendável para mulheres com mais de quarenta anos com uma periodicidade mínima recomendada de dois anos. Recorre a imagens radiológicas para a detecção visual de tumores.


 





Mamografia


Esfregaço do colo uterino e cérvix: Também conhecido como teste Papanicolau, recomendado para todas as mulheres sexualmente activas, deve realizar-se com uma periodicidade recomendada de um ano, podendo ser feito de três em três anos se o resultado for negativo em três anos consecutivos. Este teste detecta a presença de carcinomas e/ou do papilomavírus humano.

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Palpação rectal: Pode ser aplicado na detecção de anormalidades no recto e na próstata (nódulos duros ou granulosos nos tecidos).


 



A detecção e o diagnóstico são duas coisas distintas. Pode detectar-se uma anomalia por métodos como os referenciados anteriormente, que não significam situações de neoplasias malignas. É por isso necessário um diagnóstico objectivo, que passa na maioria das vezes por biopsias/citologias. Por vezes, não é necessário um diagnóstico tão complexo: após a detecção do tumor, pode-se proceder a uma remoção cirúrgica do mesmo sem que para isso sejam necessários longos e dispendiosos exames.


 


Com a aplicação de tecnologias e técnicas modernas, é pouco provável que ocorra metastização do cancro durante a realização de uma biopsia ou de uma cirurgia.


Tratamento


 


O tratamento do cancro pode ser feito com recurso a diversas técnicas:


 


* Radioterapia


* Quimioterapia


* Cirurgia


* Técnicas alternativas


 


Radioterapia


Radioterapia é um método de tratamento que recorre à utilização de radiação electromagnética para a eliminação das células cancerosas. Todas as células são vulneráveis à radiação, mas sendo diferentes entre si, irão demonstrar desiguais resistências quando expostas a radiações distintas (quer em frequência, quer em amplitude). É neste princípio que se baseia a radioterapia. Ao incidir um feixe nas células cancerígenas, podemos eliminá-las. Actualmente, são aplicados feixes altamente precisos que minimizam os danos causados nas células vizinhas saudáveis.


As radiações aplicadas são eficazes na quase totalidade dos tipos de cancros sólidos, mas também pode ser usado nos casos de cancro líquido.


 


A radioterapia pode ser aplicada de uma de duas formas: teleterapia (o mais comum) ou braquiterapia. A teleterapia consiste em expor o paciente à radiação com o uso de equipamentos de emissão, que podem ser de quilovoltagem ou megavoltagem., consoante a intensidade do feixe. A braquiterapia baseia-se na emissão constante de radiação a partir de um isótopo radioactivo que é colocado no organismo. Pode-se distinguir tratamento em três tipos distintos: intersticial (o material é introduzido perto do tumor, mais utilizado para cancros localizados na zona da pélvis e do pescoço), intracavitário (o material é colocado numa cavidade corporal perto do tumor) e sistémico (usualmente, o paciente toma o material radioactivo por ingestão oral ou injecção intravenosa, normalmente usado em casos de cancro líquido).


Este tipo de tratamento não tem efeitos secundários muito prejudiciais nem comuns, sendo essa a principal razão para ser tão utilizado. Apesar de raros, verifica-se a existência de fadiga, reacções cutâneas, infecções do foro do sistema digestivo, como gastrite, enterite e diarreia.



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Quimioterapia     


A quimioterapia é um processo de tratamento que recorre a medicamentos, tomados por via intravenosa ou oral, que vão afectar o desenvolvimento das células tumorais. Estes medicamentos vão afectar as células de rápida divisão, como é o caso das células cancerígenas e das células responsáveis pelo crescimento do cabelo. Este tipo de tratamento é mais eficaz em tumores de rápido crescimento (como é o caso da leucemia e linfomas agressivos) e de menor tamanho, ou seja, menos desenvolvidos.


        


Existem diversos tipos de quimioterapia:


Poliquimioterapia: Uso de vários citotóxicos em conjunto, que visam um combate mais forte à doença do que com um só medicamento isoladamente. Uma diferente coordenação temporal da aplicação das substâncias resulta numa optimização do tratamento e constituem o chamado esquema de quimioterapia, que é feito individualmente para cada caso.


Quimioterapia adjuvante: Tratamento que se realiza após um outro tratamento, como cirurgia, que pretende diminuir o risco de alastramento do tumor.


Quimioterapia neoadjuvante ou de indução: É realizada anteriormente a outro tratamento (cirurgia ou radioterapia) e pode ter como objectivo uma redução tumoral, complementação de um outro tratamento, ou avaliação do estado tumoral para análise da possibilidade de aplicar outros tratamentos.


Radioquimioterapia concomitante: aplicada em articulação com a radioterapia, para a obtenção de melhores resultados.